segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Sem direito a Intervalo.


Nem pude beijar teus lábios antes do sol se por..
E antes de abrir os olhos já era dia
Os dias são vazios, e nem tenho meus amigos
O sol se perde e eu estou ausente
E canso em pensar que meu sono vai me levar a um novo dia.
Que já começa ausente, começa em meios e sempre termina inacabado
Nem meus sorrisos dão sinal de esperança
Sem direito a pedidos de ajuda, dias amargos perdendo gradativamente a leveza
É a vida se mostrando sem pudor, levando minhas alegrias..
E já nem sei se é dia ou noite, sei que esqueço de mim, das 16 às 22, sem intervalo.

domingo, 7 de novembro de 2010

Fumaça Azul.

E o que aconteceu foi o seguinte...
Acordei em uma manhã de outubro, e chovia.
Como sempre eu estava sozinha, não havia café e o pão estava velho.
No banho a água estava fria e ao sair não encontrei o guarda-chuva.
Meus livros se molharam, assim como todo o resto... senti frio a manhã inteira..
voltei pra casa e ainda chovia, não tinha almoço então eu dormi.
Acordei faltando 5 pras 4 e ainda estava sozinha.
Acendi um cigarro na varanda, e percebi..
é sem ele que não sei viver.

domingo, 19 de setembro de 2010

Pizza e Coca todo Sábado

Nas entrelinhas fica sempre sussurrado seu nome....
talvez não fosse o amor mais bonito do mundo, talvez nem seja um amor desejado.. mas esse amor é o único que nos resta, provavelmente a prova do nosso maior fracasso.
Eu sei que eu gosto mais de mim quando estou contigo, e gosto menos do resto do mundo
nada que meu sorriso possa explicar, juntos não sorrimos.
Você prende meu rosto em feições sérias, quase sempre somos profundidade e reflexão, nunca aprendemos a sorrir descontraindo nossas sobrancelhas... isso é porque nós somos assunto muito sério.
Estarmos juntos significa envelhecer os hábitos, nossa leveza é sufocada pelo egoísmo do amor, quer existir sozinho, quer afastar o mundo, quer afundar a gente...
Nosso amor nos faz felizes como casal, e fracassados individuais.
A vida perde o gosto porque só tem gosto com você
A embriagues perde o propósito... os amigos perdem o propósito
porque só existe esse amor, grande e sufocante e insuportável.
Um amor que nos afasta, pelo bem de tudo mais que importa.
Liberdade, leveza, embriagues e ressaca...
Meu único amor, e não consigo vivê-lo por sempre tentar me matar.

domingo, 12 de setembro de 2010

Teu fim em mim.

O mais dificil hoje, foi não entender o que acontece comigo...
sorrindo, chorando, chingando, brigando, perdoando, e sofrendo


O mais dificil é não saber quem eu sou, o que fazer, o que querer ou quando sorrir
apenas deixar de lado, fazer o que certo, fazer tudo errado...

Eu poderia até mudar se soubesse ser diferente.. mas sou igual ao que todo mundo pensa, olhos castanhos, cabelo enrolado, olhos vazios...menina vazia.

A vida perde a graça quando nada faz sentido, e o nada me faz muito sentido.
o vento passa, as folhas secas, o dia sem cor.

Me amar, não te amar...
Não significa nada.

sábado, 4 de setembro de 2010

- Com honestidade e permissão das palavras... me sinto bem se você está comigo.
Eu não conseguir dizer nada, mas nem precisaria...
não sei dizer exatamente em que momento, mas ficou tudo bem claro.

Se resolver mudar de idéia, mude comigo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

- Sabe aquele ponto da sua vida que todo esse movimento não agrada mais? amigos, festas, barulho demais, carros demais.. asfalto. Sabe assim, quando você deseja um campo verdinho, ou uma tarde nublada, um vento delicado, e um amor bem calmo, do tipo por do sol sem atrasos... sabe só você e aquele alguém cujo o nariz se encaixa perfeitamente no seu..? Sabe? entende do que eu tou falando??

- Não.

- É, nem eu.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

- Mais por egoismo do que por amizade... não sei dividir.

Não sei me dividir, inabilidade de agradar a 3 ou 4.
Sou minha e só.

Até mesmo porque na alegria ou na tristeza não preciso de ninguém

Meus vicios me completam.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sobre Maio.

Perdi o dia tentando entender palavras que nunca foram ditas.
Somos um todo que é bem maior que a soma das partes..
Teu cabelo comprido e meu sapato vermelho
Meu lenço cor de rosa e sua barba mal feita
Meu sorriso é teu olhar quem desenha, teus abraços são provocados pela minha cintura
Não existe por do sol sem você do lado..
Eu nunca vou me esquecer da musica e nunca vou me esquecer do dia que nos olhamos pela primeira vez.. era domingo e chovia fininho
Depois disso toda chuva chama seu nome..
qualquer 3 acordes é nossa musica
ressignificamos companheirismo
Tua beliche era nosso mundo todo
amávamos nossas cicatrizes, todas elas nos levaram àquele lugar seguro
Nunca te disse "te amo"
Não consigo diminuir meus sentimentos à esse termo
Mas foi teu coração que trouxe calma ao meu corpo cansado..
Foi meu corpo que deu abrigo ao teu coração quebrado
E assim fomos mais, do que pode ser dito em palavras.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Recomeçar, voltar, fazer diferente..
Em mim não cabe recomeço. Drástico como escrita esculpida em pedras.
O que foi feito não se modifica.. palavras não se retiram.. o fim não tem volta.
O fim é eterno.

Foda-se você que acha que pedir perdão resolve tudo.
Pedir perdão não desmancha cicatriz profunda. Recomeço não renova os cabelos brancos.
Melhor não perder teu tempo...
Pior do que não perdoar.. é esquecer.

domingo, 8 de agosto de 2010

O que me faz amar é ver o sol nascer devagarzinho,
são os pingos de chuva em poça d'agua...
Nunca amei tanto quanto no parque, piquinique, por do sol, marreco, embriagues, timidez, ressaca.
Montanha, praia, cachoeira, supermercado...
e sorveteria, cafeteria, livraria
calçada, varanda, sofá e piscina...
o que me faz apaixonar.
e claro, uma mordida no nariz.

Feliz dia dos Pais..

Engraçado como o dia dos pais tem uma importancia tão menor..
nada de propagandas super clichês.. nada de milhares de coraçõezinhos pelo shopping com a palavra "Pai" bem grande em letras gordas..
É incrivel a desimportancia que se da aos pais.. como se sua presença ou ausencia não fizesse muita diferença, ou diferença alguma..
E não é só uma questão do dia dos pais em si.. todos os dias em geral o Pai fica de lado..
Eu mesma me lembro, quando criança fazia minhas "obras de arte" e no verso escrevia bem grande "PARA MAMÃE e Papai"
E hoje, 15 anos depois.. 5 anos sem pai.. eu sinto um vazio crescendo.. uma vontade desesperada de escrever, de dizer "Papai te amo" não... de dizer: "PAPAI EU TE AMO"
de cafuné na barba, de assistir filme juntos.. de levar bronca.. de esperar no aeroporto e ver aquele sorriso de barba branca ao me ver esperando.. talvez eu esperasse mais pelos presentes.. e só agora, 5 anos depois eu reconheci que o melhor presente era meu velho pai descendo as escadas.. voltando pra casa.. me levando pra escola.. dormindo durante o futebol..
Pai é todas essas pequenas coisas.. que não recebem atenção..
Pai, aquele cara que não entende o porque de ter uma filha tão chata.. aquele cara que por mais que se esforce não consegue comprar um presente que agrada.. Aquele cara que só de ouvir a voz, só a presença do olhar já te da uma puta confiança..
Pai é tudo aquilo que você nem sabia que um dia faria falta...

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A ultima melodia.

e a vida não se cansa. continua correndo, com vigor, isso me cansa.

as pessoas passam, uma, duas vão embora.

eu fico. e a vida...

eu me canso e procuro te olhar, você que passa, você que veio, mas já vai embora.

sem pressa de voltar, você é quem nunca vai passar

como clima sem estação, não existe diferença entre sol e lua

não existe diferença entre eu e você, só que eu fui embora.

e você continua.

Eu perdi o seu tempo, ganhei no meu tempo

perdi teus recados, cartas, ligações.. perdi teu violão partido. teu coração partido

ganhei meu coração partido, ganhei ausencias, ganhei invernos no verão.

e arrepios, te tenho nos meus arrepios

sua promessa morta, seu banco vazio, sua distancia fria

me arrepia.

e tudo passa.

eu vou e você fica.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Velhos Costumes

Agora as manhãs trazem a falta do cigarro na varanda, enquando o sol esquenta lentamente sobre a pele, corando as coxas enquando a fumaça da seus giros tentando alcançar o telhado.
O cigarro é bem mais parte de mim do que a velha varanda, por entre os dedos o cigarro é continuação dos desejos que ficaram engasgados, os amores sufocados, o perdão que não foi dado...
Os cigarros tem a resposta de quantas vezes desejei chorar e confidenciei apenas a eles, eles sabem quantas vezes desejei fugir, e ele foi meu abrigo entre meus dedos tremulos.
Mais que um vicio, uma companhia... nada que me torne melhor ou pior, mas tão confortante quando um tavesseiro após um dia de trabalho...
Os cigarros farão parte dos meus lábios, serão continuação das palavras não ditas...
Não importa o que venha e passe, meu desejo se prende entre os dedos
Todas as minhas apostas começam sempre com uma moeda e um cigarro... e o abandono de velhos costumes não se encaixam na minha personalidade tradicional.
Sou varanda, "Under Control" do Strokes embalando meu café, e minha fumaça confidenciando meus desejos.

"I don't wanna change your mind,
I don't wanna change the world.
I just wanna watch you go by.
I just wanna watch you go by.
We were young, darling
We don't have no control
We're out of control"

segunda-feira, 12 de julho de 2010

foi um pulo pelo susto
um grito espremido e as lagrimas mudaram de lugar
foram 3, 4, 5 doses e mais 1 antes de se levantar
na caminhada uma ausencia, na paisagem um faltava
as cores eram meio palidas e o escuro era quase nada
levaram as cordas e deixaram os barbantes
Com o tiro foi-se o frio e a pele se queimou
e no fogo tinha um rosto e no rosto uma lagrima
e por onde eu andava tinha um velho e uma espada
mas o tiro deu um grito
e o grito espremido
e o coro repetia: "fim do tunel, fim do mundo"
mas o velho e a espada, continuaram na estrada
mas agora viu-se um grito, e era um tiro na estrada
a espada na estrada e o velho já sangrava
foi-se o vivo, leu-se um giro e o adeus se completou.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Eternal Sunshine of the Spotless Mind Music Video

Brilho Eterno

Quando penso em "Final Feliz" imagino o mar de ressaca
Uma caminhada solitária perto do farol e pelo cais
O coração tranquilo e cheio de esperanças
Talvez se eu tiver um moletom laranja e o cabelo azul
Meu querido "Joel" apareça e traga luz à minha mente sem lembranças...

O meu "Final Feliz" de todos os dias
É assistir pela 14ª vez o mesmo filme, encolhida no sofá com minha melhor amiga, cercadas por pizza, pastel, coca cola e chocolate. E pela 14ª vez chorar ao fim do filme.
Caminhar até o bar de sempre onde o garçom já traz a mais pedida, e embriagar a noite lembrando dos amores vividos, dos crimes cometidos e do "felizes para sempre" desejado...
Você me faz feliz sempre.


- Meet me in Mountauk

domingo, 27 de junho de 2010

Me vê um cigarro!

Que horror, eu estou ficando louca!
Um dia sem cigarros e eu estou ficando louca
Dia chato, cheio de lembranças da noite exagerada, sentimentos exaltados
Quanta gritaria,quantos carros, quanto asfalto, que baixaria!
Tou revirando mais uma vez a bolsa, não tem cigarro.
Eles foram rápido, gente estranha, noite chata, noite exagerada.
Eu tou ficando louca, dia chato!
Não quero ver ninguém
Vá embora
Feche a porta
Carregue os trapos
Aumente o som
Arrebente a porta
Me leva embora!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Pro Diabo

E o que você vai fazer quando todo esse amor acabar?
Rasgar as cartas e iniciar os maldizeres?

O que você vai fazer ein?? vai chorar??
vai praguejar?
Mergulhar em sentimentos sombrios e poluir teu oceaninho tão azul?

Quero ver o que vai ser.. "Declarações de Ódio à talzinha"?
Toda essa história de amor me irrita, me irrita!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Por Fernanda Magalhães

Qual a diferença entre "as vezes" e "raramente" ?
parece a mesma coisa mas eu tenho certeza que é diferente porque as vezes eu quero ficar só, mas raramente é verdade... da pra ver a diferença??
Eu gosto de me apegar a esses detalhes, gosto da diferença que as pequenas coisas fazem...
Sempre reparo na forma como os garotos passam a mão no cabelo, essas coisas me encantam..
Sempre me mantenho afastada de caras muito fortes ou que tem carro rebaixado, também dos que tem mais de um videogame, dos esportistas e dos poetas... sobrando então apenas meninos magrelos que andam de bicicleta e sem muito jeito com as palavras...
Sempre achei que as pessoas que não conseguem se expressar com as palavras tem um olhar mais penetrante, e quase sempre tocam violão.

As vezes eu gosto de caminhar, acho que andar faz bem pras ideias, faz bem pro coração..
Sempre visito a praça onde dei meu 1º beijo, e sempre visito a árvore onde meu primeiro amor escreveu nossos nomes, e choro quando vejo que eles estão se apagando...
O mundo é sempre muito cruel com as pequenas coisas, mas eu ainda as guardo todas na caixinha vermelha que o meu amor me deu.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Insustentavel leveza

Apaguem o sol!
Me deixe voltar à confortavel escuridão que embala meu corpo..
Me deixe sentir mais um pouco o suor gelado e brisa quente dessa noite...
Não me faça acordar..
Esse sol, queima meus olhos, machuca minha pele, leva minha calma..
A claridade me cega, arde em minhas pupilas..
É melhor que eu siga no escuro, de acolhimento confortavel
Escuridão que embriaga meu corpo, proteje minha mente... liberta-me do cansaço..
Quero dançar como uma cigana, a luz do luar, embriagando a pele... contorcendo a cintura
Rodopiar pela noite, cheia de vigor, num vestido branco e solto, que dança com meu corpo...
Quero sentir a terra humida da madrugada por entre os dedos dos pés..
Quero ver teus olhos loucos me olhando a luz da lua, teu sorriso que brilha a cada movimento dos meus quadris...
Quero a chama de noites intensas, quero que não exista dia que me leve pra longe dos meus sonhos...
Luz do dia me deixe a sós com meu vinho, deixe-me embriagar minha carne...
Livre meu rosto dos gritos e horrores de mais um dia vazio.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Novamente Nada

Vista-se e vá embora... leve tuas roupas,
leve até mesmo essa camiseta idiota dos Simpsons que eu adoro..
Não escreva cartas, não mande recados...
Só pegue teu retrato e suma pra sempre.
Cansei do teu olhar de sono depois das 3p.m
Cansei das tuas piadas e do teu humor cafona..


Mas deixe teu sorriso, esse eu devolvo depois...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Parece pouco, mas eu sei...

"Meio sorriso, meia lua, toda tarde..."

Hoje a manhã trouxe na bagagem lembranças de um passado que mais se parece com outra vida.
Um saveiro branco, carregando na bagagem quatro sorrisos, quatro corações e um só amor...
Redesenhando o passado, sinto como se as cores daquelas noites fossem diferentes... o sabor era diferente, o clima era diferente..
Eramos livres, tinhamos tempo e esse tempo era sempre exclusivo nosso.
Nossas noites estreladas, todos juntos apertados, sorrindo indo pra qualquer lugar...
Parece que nos divertiamos mais facilmente, qualquer coisa era pretesto pra acabar em gargalhada
A vida era mais intensa, tão intensa que faz tudo hoje parecer cinza, morto...
Nosso tempo está despedaçado, e nossas alegrias são menos intensas
Parece que envelhecemos, acho que envelhecemos...

"Antes eu sonhava,agora já não durmo..."

Sinto falta dos nossos dias e noites simples..
Fazia muito calor, algumas noites choviam..
E eramos sempre quatro, sempre felizes..
Quero sentir de novo aquele conforto de tardes de verão..

Amo Vocês.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Cuidado ao dormir

Dos medos que já senti, o que bate em minha porta com mais frequência chega agora a dormir em minha calçada, seguir meus passos, vigiar meu sono, escurecer meu horizonte...
Senti seu furor cortar meus sentidos ainda muito jovem... foi aos 13 que pela primeira vez ouvi falar seu nome...
- Câncer.

Ninguém nunca sabe ao certo o que isso de câncer significa, até que ele chega, reduz sua família a migalhas... cobre sua vida de insegurança.. "ela vai ou não voltar?"
E te insistem em levar pra escola, afinal de contas sua vida continua.. mesmo que você não esteja comendo e ninguém notou... mesmo que você não esteja mais falando e ninguém notou...
Foram longos 8 meses, meses em que meu pesadelo era estar acordada, e tão só... meu medo dormia na cama ao lado, me beliscava no meio da noite, só pra me fazer sofrer um pouco mais sabendo que não adiantaria gritar por ela.. eu estava só, meu medo e eu.
Por sorte, ou sei-lá-o-que.. ela não era fraca como eu, e o medo não foi um inimigo a altura... Toda dor, sofrimento, cirurgias, erros médicos.. fizeram dela uma mulher ainda mais forte, que voltou pra casa o mais rápido possível e colocou aquele monstro que me aterrorizava pra fora do meu quarto!

Mas ele esperou na calçada...
E foi um ano depois... Ouvi seu nome novamente, golpeando minha cabeça pela segunda vez, e dessa vez pra me tirar de órbita...
Câncer.. no homem mais forte e indestrutivo da terra... e novamente estava eu dormindo sufocada.. tentei me proteger dormindo entre seus lençóis em sua cama vazia... fiz mais orações em uma semana do que em minha vida inteira... antes ou depois..
Dessa vez, o de aparência mais forte não era tão forte pra resistir a fúria que se espalhou rapidamente. Estômago, faringe, rins, pulmão, sangue... 14 dias de internação depois e o homem mais inteligente com quem eu já conversei perdeu completamente a consciência... um tumor, assim como um tiro no cérebro... e ele se foi.


Perder, pela primeira vez perdi.
E me lembro de acordar chorando durante dias seguidos...
Sonhava que meu pai morria, e quando acordava... a cama vazia no quarto ao lado mostrava a verdade... e eu me encolhia no canto, e sentia meu medo sorrindo, rindo, correndo, crescendo em volta de mim.

É esse ainda, o sonho que me assombra,
o que ainda me faz chorar.


"É tão estranho, os bons morrem de câncer..."

sábado, 22 de maio de 2010

Não esperava por mais, até que você me levou pela mão...
Agora, quero mais, quero intenso, quero a vida!
Quero seu abraço na noite de sexta
Seu suspiro e seu suor na madrugada
E quero seu sorriso na manhã de sábado.

Quero que você não tenha que voltar, mas que fique aqui pra sempre
Quero não te pedir pra ficar, quero não te ver partir
Quero viver te ouvindo sussurar, dizendo que eu sou tudo, ou qualquer coisa...
Queria que você fosse meu mundo.

É, mentira.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Qualquer Terça é Sexta

Gosto mesmo é de sorrir em mesa de bar
Musicas melosas, sal, limão e Antartica
Sem falar nas companhias inseparáveis, meus amores eternos de verão
Amores de dramas e ressacas, despedidas e reencontros

Bom mesmo é caminhadas em noites de lua cheia, noites sem lua, e até em tardes de desespero
Bom é gostar de sertanejo por um breve momento, dançar pagode sem ritmo, pular no asfalto feito pipoca
Viver é amar sem querer, querer sem amar, viver e beber

A quem vive um breve conselho: tenha bons amigos, um bar perto de casa e tudo é alegria.



p.s.: Só tou vendo duas putas, só vejo duas bêbadas... e amo as duas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Os relógios na parede marcam horas diferentes e eu estou perdida em cada uma delas...
Os garotos sorrindo em bancos de praça são visões do passado onde eu vivi,
e agora eu começo a sumir..
Foi em alguma esquina, alguma calçada...
perdi minha juventude...
me perdi.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

- E você... vai me amar amanhã?

Perto do horizonte, nosso ponto de encontro.
Deitados na areia sussurrando eternidades ao pé do ouvido, nos tornamos ladrões de sorrisos, cobradores de sonhos...
Seria felicidade, entre o vento que nos enlouquece e a chuva que nos alivia
Seria amor, entre palavras engasgadas e suspiros de emoção..

Conhecendo a paixão e a forma como ela queima depressa, qualquer um veria que não estávamos apaixonados... nosso amor é preguiçoso, se arrasta lentamente através dos anos.
Nossos lábios nunca tiveram urgência em beijar, o horizonte é sempre tão calmo, tão infinito..
E quando se fala em infinito, pra que a pressa? o infinito é pra sempre.
Vejo você no meu horizonte.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Patins, Coca Cola, Besteirol Americano

A cada cigarro, me distancio mais de quem desejei ser..
Toda vez que estouro o limite do cartão com inutilidades me aproximo mais do meu futuro falido, nãodesejado mais já esperado..
e toda vez que repito aquele refrão, me vejo tão longe de ser o amor que desejei ser na sua vida.

Quando o vento canta uma canção, e as libelulas atravessam os pensamentos sem motivo ou razão, lembro dos dias de chuva, dos dias de sol, das noites estreladas e das noites sem lua..
Lembro das mãos dadas e dos pulmões leves que eu carregava, olhos sem embriagues
me lembro que chocolates e amor eram as drogas mais fortes que consumiam meu corpo

Desejo ainda mãos dadas, e noites sem estrelas, nuvens sem chuvas e filmes interrompidos por amassos..
Se eu te contasse, se você soubesse a falta que sinto do pão com manteiga, e de quando eu recusava o café...
Seriamos eu e você, apenas eu e você na mesa da cozinha, sorrindo da louça por lavar, sorrindo da aula de ingles que eu resolvi matar, sorrindo só por ser feliz..

Mas continuo aqui, apenas mais um cigarro.
O ultimo cigarro, a ultima cerveja, a ultima vez que penso em você
e eu juro, juro sobre essas cinzas que não amo mais você
Juro que sei mentir.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

- Tarde de verão.

Esperava dormir rapidamente...
troquei a roupa, ajeitei o lençol, pensei em colocar o aparelho mas resolvi dormir sem...
Como de costume peguei um livro, e com a vista cansada lia, mais para adormecer sem pensar do que pelo conteúdo do livro em si, kafka acabou se tornando maçante...
Joguei o livro no chão, e minha preguiça não me deixou levantar pra apagar a luz...
Fui obrigada a pensar e meus pensamentos foram parar nas horas agradáveis daquela tarde quente...
Triste como é fácil se apaixonar...
Não precisei de tempo pra pensar, e nem a preguiça me impediu de levantar e pegar o celular...
Juro que eu não queria ligar, mas também não queria ter pensado... agora já era tarde.
É, eu não sabia o que falar, e acabei dizendo que estava com saudade...
Jura? Não fazia 5 horas que eu havia ido embora. E tive que sorrir.
Cantei com uma voz melosa uma despedida, e movida não sei por qual energia fui saltitando apagar a luz...
Me enrolei no lençol, abracei o travesseiro e olhei pras estrelas através da janela..
e minha próxima lembrança foi de acordar, pensando em você.

1bj

terça-feira, 4 de maio de 2010

- Abrigos.

Quando falta o ar, e os olhos doem..
Acendo um cigarro e me transformo em calçada..
Quando a culpa vem, pego um atalho até o meu abrigo.

Passando pela estrada de chão, minhas pernas doem
Mas o ar quente e o vento leve e seco me confortam...
Na tentativa de andar sem pensar, pensei em como andar
Pernas tortas, joelhos dobrados... tento endireitar e as pernas doem ainda mais..
Minha marcha desengonçada foi interrompida por uma musica chorosa, alguma coisa sobre uma carta, alguém que pedia pra voltar.. e uma voz desafinada de mulher acompanhando a estridente voz do cantor..
Não consegui segurar o riso, existia alguém em pior estado que eu.

Mais alguns passos tortos e estava a salvo, nos unicos olhos que me entendem, sem precisar de explicação...
E nos refugiamos em nossa solidão, e fugimos do mundo uma tarde inteira
E fomos felizes.

Na volta pra casa, o clima havia mudado..
Estava mais quente, mais humido e não ventava..
Pensei no céu, pensei no sol
E não pensei em nada.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

- O dia Seguinte (Setembro 2007)

Não existia nada melhor que matar aula pra ficar a manhã inteira juntinhos no colchão..
Todo mundo já sabia, quando um faltava, o outro também faltava.. e todos sabiam, era felicidade, era amor.
Mas naquela manhã, tudo parecia mais intenso
O amor estava exalando pelos nossos poros.. assim como o medo.
Acho que o desespero torna tudo mais intenso, e naquela manhã o desespero enchia nossos olhos, nossos corpos, nosso coração.
Tudo que eu queria, era que ninguém mais no mundo existisse
Tudo o que ele queria, era que pra mim, ninguém existisse...

Mas mesmo sem falar, mesmo tentando evitar.. nós dois sabíamos
Existia outra pessoa.
E passamos o dia juntos, sem dizer uma palavra... mas a angústia gritava
E quanto mais a noite se aproximava, mais doía, era como uma prévia do fim.
E sim, aquela noite foi o inicio do fim.
Longe do meu amor, olhando outros olhos, bem menos intensos..
Mas, tomada por um sentimento ainda desconhecido..
Algo como admiração pela forma que aquele garoto estranho fumava, ou talvez a voz macia com que desenhava a vida que eu desejava ter, fingindo que sabia ler quem eu queria ser..
Tomada por um forte impulso, coisa que alguns chamariam de paixão... beijei aqueles lábios finos e com gosto de matte e cigarro, e pareceu certo.

Perdi minha lucidez, esqueci todo meu amor durante 30 minutos
Apenas eu, o garoto estranho e a meia luz do pátio do cursinho
"menina, você linda... te escrevi um poema"
Como uma garotinha de 12 anos, me deixei levar por um poema de um garoto estranho.
E o meu amor?
Estava no dia seguinte, no portão do colégio, com o sorriso mais fofo e o olhar mais sincero, que nunca precisaria de palavra nenhuma pra me convencer que era real..
E no meu coração o peso de uma duvida, e nos meus lábios presa uma confissão.
Não! Guardei aquele beijo, e sorri.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

- Não leia!

Quem não conhecesse aquele homem, poderia até julga-lo preguiçoso.
Gostava de cochilar depois do almoço, (não antes de comer um pedaço de um dos seus doces que eram sempre mantidos escondidos), e também durante o Jornal Nacional, acordando apenas para responder o "boa noite" ao William Bonner.. Pedia para a mulher ou para a filha do meio que lhe preparasse um lanche... sempre pão passado na manteiga com queijo fresco e um copo de leite com toddy.. e antes de dormir, mais um pedaço de seu doce secreto.. as vezes poderia se parecer mais com uma criança que sua filha caçula.
No trabalho, sempre chegava atrasado, e sempre saia antes do horário... "tenho que buscar minha filha no balé..." era sua melhor desculpa, e quando ficava velha ele simplesmente ligava e dizia.. sem o menor pudor para seu chefe: "tou numa diarreia... mal posso me levantar do vaso e já estou de volta..". E a diarreia nem sempre era inventada, com a quantidade de doces que ele ingeria seria de se estranhar que ele não passasse por isso pelo menos uma vez por semana.

Apesar disso ele era um dessas mentes criativas... não estava pra burocracias e serviços de escritório... gostava mesmo era de inventar.. desde pequenos contos, passando por obras de arte feitas com vidro e areia, engenhocas eletronicas, algum jogo matemático ou quebra cabeças que ele mesmo desenvolvia, indo até receitas culinárias...
Sem duvidas, quando se metia a chefe de cozinha era quando causava mais confusão, misturava doce e salgado, rapadura e pipoca, criou até um picolé feito de água de coco, com coco ralado e leite de coco (não é nem necessário comentar que desastre era o gosto)...
Mas até que um dia ele acertou uma receita de tapioca, que ao mostrar como fazer declarou ser necessária muita "catigoria" para realizar o feito de jogar a massa pra cima e pega-la de volta sem deixar cair (nunca descobrimos o talento e a "catigoria" que ele tinha para limpar o fogão). Mas o que o tornou mundialmente famoso foi sua receita de pé de moleque, muito elogiado por todos os membros da familia e amigos. Tão apreciado.. que passou a ser escondido no fundo do congelador, com seus outros doces secretos. Apesar da grande repercussão sobre a qualidade do doce sempre me recusei a experimentar, até q na ultima vez, depois de um indelicado "não" recebi do mestre cuca com a mesma rispidez da minha negativa: "mas não é possível! como é chata essa menina"

Doente!
Foi o que disseram...
Conhecendo a fortaleza daquele homem, desacreditei que fosse qualquer coisa mais séria que uma pedra nos rins.
Foram dias sem ir ao trabalho, deitado sem levantar da cama, pelo sangue na tosse suspeitava de uma tuberculose, afastando assim a mulher e os filhos.
Por algum motivo em minha cabeça só se passava a ideia "ele está evitando o trabalho"
Um dia, bem disposto levantou-se da cama, pegou um spray de tinta e sentou-se na calçada para pintar um jarro de barro onde depositava moedas para sua filha mais velha..
"como eu pensava, essa história de doença era só desculpa pra ficar dormindo"
Após pintar o jarro, uma fraqueza, um desmaio, hospital, viajem às pressas à goiania.
E eu.. sempre pensando...
"Quê será essa falta de apetite? dizem que não quer comer.. deve ser diabetes, talvez pressão alta, dizem que tem algo nos rins... Diabos! por que não tiram logo essa pedra? E se ele morrer?
Morrer!!? Não, tipo, deve ser hipertensão, hipoglicemia...isso não mata."
E logo, uma ligação... da mãe...
Então foi viajem às pressas, carro cheio de filhas, cunhada, e genro daquele velho senhor
"ah que bom, aproveitar o feriado né? visitar papai, não sei o que fazem naquele hospital que não o curam logo"
Doce ilusão.

Hospital é sempre o mesmo, todo mundo meio frio, meio com cara de morte, e toda aquela burocracia.. "apenas um de cada vez" era a regra.
De repente se apresenta uma moça alta, magra, psicóloga.. ela dizia que nos acompanharia até o quarto, e estaria ali enquanto precisássemos... pra que? eu ainda não sabia.
Primeiro foi a mãe, partiu firme, voltou aos prantos, apoiada nos ombros da moça magrela, psicóloga...
Me sentei no chão.
Em seguida a filha mais velha, partiu séria e tremula... em meio minuto retornou transtornada, seu choro saia aos berros... se agarrou ao marido e seu corpo chacoalhava a cada soluço.
Me levantei, encostei na pilastra.
A filha do meio sumiu pelo corredor branco, já se segurando na dita psicóloga... esta do meio, voltou praticamente desmaiada, parecia que sufocava de tanto chorar.. sentou num desses sofás de hospital e recebeu água com açúcar, e balbuciava palavras sem sentido, parecendo que iria vomitar.
****
Durante todo aquele tempo aquela foi a primeira vez que percebi a gravidade do problema, era como se a morte gritasse em todos os cantos daquela sala de espera, e os soluços apenas antecipavam uma tristeza ainda mais profunda que estava por vir.
****
Faltavam poucos minutos pro horário de visitas acabar, e todos os olhares se voltaram para a caçula. De repente a sala pareceu estar diminuindo, o ar faltando, e o lugar gelava e esquentava ao mesmo tempo... a menina que se encostava na parede desabou ao chão, chorando soluçado, enquanto tentavam agarra-la, e acalma-la, enquanto a psicóloga magrela dizia:
"Se você não se sentir bem, não precisa entrar, ele vai entender"
Sentia como se a cabeça fosse explodir, o coração fosse saltar e abandonar o peito.
Seu pensamento se perdia, dava voltas... queria fugir, queria acordar.
Queria, precisava, e decidiu! Foi ver o pai.

Aquela caminhada até a porta da UTI foi certamente a mais desesperadora da vida daquela menina.
O corredor parecia ficar cada vez mais estreito, mas a cada passo seu coração estava mais calmo, e os olhos cessaram as lágrimas antes de adentrar ao quarto devidamente esterilizada.
Ao ver o pai, não reconheceu nele nada que se assemelhasse ao homem que conhecia, sua cor era de açafrão, seus olhos fechados e a boca aberta, magro como um daqueles cadáveres dissecados.
A pequena menina se aproximou, beijou o pai, o chamou.. talvez com uma doçura que nunca tinha usado antes
Os olhos cansados se abriram, mas pareciam distantes.. as mãos não se moveram, mas ela as segurava com força... os lábios não eram capazes de pronunciar palavra alguma, e nem era necessário. A menina guardava em seu peito um milhão de palavras e precisaria apenas que ele ouvisse.
Mas enquanto despejava palavras cortadas, e tentava explicar todo seu amor em palavras, e pedir perdão por uma vida inteira de más criações.. a menina percebeu que os "bib bips" que saiam da máquina começaram a aumentar, e dos olhos de seu pai escorriam lágrimas, mesmo que seus lábios não se movessem, e seus braços não tivessem força alguma.
De súbito se calou e tentou beija-lo mais uma vez, quis abraça-lo, mas a cama alta e os fios em seu peito impossibilitavam uma maior aproximação.
Então foram beijos, sorrisos e um "eu te amo" sussurrado bem perto do ouvido, e desejou ouvir sua voz, mas já sabia em sua mente a resposta "também te amo, pretinha do papai".

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E até hoje, me arrependo por nunca ter provado aquele pé de moleque.

****



domingo, 25 de abril de 2010

Por tras das janelas

Aprenda a ser só.
Não confie em ninguém, não entregue seus sorrisos a ninguém, mantenha ele entre os dentes
Mantenha seu amor dentro de você, não distribua flores por ai.

Quando for estender a mão, jogue uma pedra
Não dê seu acento no ônibus para as gravidas e não pare na faixa de pedestre.
Fure o semáforo, e nunca acredite nele.

Destrua todas as provas de amor, destrua as cartas também.
Aprenda a tomar café sozinho, e almoçar sozinho..
Provavelmente é assim que vai passar a maior parte da vida.

Muita gente pode dizer coisas lindas pra você, que não querem dizer nada
As noites vão ser sempre iguais, então desista antes que seja pior...
Antes que digam que te amam, sem realmente querer dizer
Aprenda a ser sozinho, aprenda a não viver uma mentira.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

- Um pouco menos coração partido, um pouco mais esperança.

Um dia, eu pensei que gostasse de você...
Então quis te amar
Você disse não, não sabia amar.
E eu continuei gostando
Um dia muito,
Outro menos,
Menos..
Cada vez menos...

Um dia, achei que já éramos apenas colegas distantes
Então comecei a te espetar com ironias
Você reclamou nossa amizade de volta.
Eu te encontrei num banco, você disse que nunca estaríamos bem juntos...
Eu tinha comigo uma boa tese, e bons argumentos de como seriamos bons juntos.
Você disse, "talvez"
Foi embora e me disse o mesmo de sempre, apertando minha cintura.

Um dia te encontrei, entre cigarros e sorrisos sarcásticos
Eu com ódio nos olhos, você meio indignado
Algumas vezes tentou me fazer sorrir, eu tentei te ferir com palavras...
Por um longo momento te olhei nos olhos, e eu sabia que você iria entender.
Dizia no meu olhar cada sentimento controverso que tenho por você
Vontade de matar e de abraçar.
Mais vontade de matar..
Mas sempre, e ainda, queria poder te amar.

- Eternizando memórias

Mais sentimento que ação
Mais reticencias que ponto final...
São virgulas, que se espalham, em lugares desconexos, na oração...
Escrevo, não por gosto pela literatura...
Muito menos por talento ou jeito com as palavras...
Escrevo, pra conseguir dizer todas as coisas que eu só sei sentir.
Pra conseguir entender todas as coisas que eu fiz sem saber porquê.

"Escrevo essas mal traçadas linhas"
Pra falar sobre tudo que eu já quis...
Tudo que eu já perdi...
Pra falar sobre Amor, uma ideia vaga, uma ideia fixa.
Pra falar sobre Ódio, uma palavra muito forte, que se confunde com Amor

Pra falar sobre você e eu, nossa musica favorita..
Como éramos bons juntos, como estamos melhores separados...
Pra falar a verdade escrevo unicamente pra falar sobre você e eu.
Eu sendo sempre eu..
Você, sempre varia o personagem..
Mas é sempre amor.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

- Pra dizer, quando tiver chance.

Essa noite eu sonhei com o amor..
Como se ele tivesse nascido em mim, como se vivesse aqui, em algum lugar, trancado.
Acordei sentindo dor no estômago, acordei com calafrios..
Acordei insegura, e minhas mãos tremiam.
Acho que era amor, pelo frio que fazia e pela intensidade que eu apertava o travesseiro.

***
Nosso amor é filme...
Aqueles que a gente não cansa de assistir, que a gente compra por R$19,90 na Americanas
Só pra poder assistir quando quiser
Segunda 8 da manhã
Sabado a noite.
E que mesmo que a gente saiba todas as falas de cor
E saiba como termina, sempre emociona.
Nosso amor é um filme, eperando continuação.

***
Amor de Parque...
Nasce junto ao por do sol
Meio que da tristeza dos olhos, da solidão dos dias de semana e do tédio de domingo.
A vista do lago é nosso cartão de visitas
Todo cais tem nosso nome.
O mesmo parque que pinta o sorriso nos lábios, embaça os olhos com lágrimas.
E junto com o por do sol nosso amor se vai, dorme...
Espera o dia seguinte, o proximo por do sol que sempre te traz de volta.

***
O amor pede pra começar...
Numa atitude simples de sussurro no ouvido, e mãos dadas pela praça.
Vontade de amar que se esconde na risada de deboche depois do "Amo-te" em folha de papel.
É vontade de ligar, que se amarra entre os dedos
Querer olhar nos olhos e desviar com careta
O amor pede pra começar
Grita silenciosamente por mais, carinho e abraço.
"vem cá, deixa eu pentear seu cabelo"
E sem perceber ou permitir, o amor acabou de começar.

domingo, 11 de abril de 2010

- Lost Someone, my one.

Acabei perdendo as lembranças que me faziam sorrir
Agora tudo que eu encontro são evidencias do que me adoece todos os dias..
Nossa sorte é sermos tão orgulhosos
Não assumir que morremos todos os dias, morremos com a distancia..
Eu morro a cada minuto, todas as vezes que ouço uma musica, digo uma palavra, vejo um pouco de você em cada musica, em todos os caras..

É mesmo uma piada, uma piada bem triste e deprimente
A minha incapacidade de não ficar sem falar seu nome pelo menos umas 5 vezes por dia
Enquanto eu sei que você está vivendo feliz por ai, e certamente nem se lembra daquela garota magrela e infeliz que sempre te fazia sorrir por sempre estar irritada e mau humorada.

Eu não sei mais acho que vou viver nessa pra sempre
Desocupo minha mente de você por 5 minutos mas logo você ta de volta
Nas rosas, nos livros, no travesseiro... você ainda é meu travesseiro
Gosto de imaginar você antes de dormir, e a forma como vc acariciava meu cabelo.
Daí vem o frio.. que me lembra que eu perdi
Perdi você, amor único.

Agora somos estranhos, aposto que você nem se lembra do motivo que me faz chorar..
Aposto que se esqueceu dos meus segredos que só você sabe..
Aposto que esqueceu do porque que eu preciso tanto de você..
Eu não sei viver sozinha, você sabe porque.. sabe e faz questão de esquecer.
Hoje eu sei.. a culpa não é minha, muitas vezes eu ameacei te abandonar e nunca fui capaz..
Mas você, você quando me deu as costas, nunca parou nem pra conferir se eu continuo respirando.. nem pra se compadecer do meu sofrimento dominical, que só você sabe como é difícil, como é difícil sobreviver aos almoços de família.

Te dei tudo de mim, quando você precisou, quando sua mãe precisou, quando seu pai precisou..
Faço sacrifícios até hoje, me mantenho longe porque você me fez acreditar que é disso que você precisa.
Morro todos os dias, porque é disso que você precisa..
Morro todos os dias, porque já não é de mim que você precisa..
Morro e vou continuar morrendo, até que me acabem as vidas, ou até que você volte..
se lembre de mim.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

De ombros e cigarros

Fugimos sempre pro mesmo lugar..
é nosso truque, a forma que encontramos pra conseguir continuar vivendo
Nosso mesmo lugar de sempre,
Enquanto estamos lá, nos esquecemos do mundo desabando lá fora
Tudo deixa de existir, só o que importa é o lago, as serras e os cigarros.

Fugimos de ter que voltar
Lá vivemos planos de futuros incertos, contando que nossa companhia será eterna..
Viajamos de carro até a praia, vamos a boates, beijamos e amamos belos garotos com seus corpos esculturais.. tudo isso sentados em um banco, olhando a fumaça que abandona nossos pulmões..

Compartilhamos o sonho da noite passada
Fazemos confidências sexuais
Falamos mal da vida alheia, sempre sorrindo ao final da nossa falsidade
Lembramos dos amigos queridos e de cada caracteristica que os fazem únicos
aquele jeitinho especial de cada um que nos faz sorrir.

Agradecemos por estar ali juntos, só os dois.. enquanto o sol se põe
E a cada mudança de cor no céu nos damos conta que o tempo está indo embora..
e nossas obrigações nos fazem voltar ao mundo real.. onde tudo volta a desabar sobre nós..
Perdemos o brilho nos olhos e o sorriso se torna menos intenso..
Mas na despedida na calçada, se renova a esperança.. de sempre nos vermos de novo.. na nossa eterna fuga pro exato mesmo lugar.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

- Setembro 2007

Eu, em seu lugar.. também não acreditaria.
Sentada no banco do pátio da escola, sem escolher bem as palavras.. tentava explicar o que eu mesma não conseguia entender..

Por algum motivo, que ainda não entendo.. me apaixonei por outra pessoa
Mesmo tendo o namorado perfeito, mesmo sendo feliz, mesmo tendo a vida que eu sempre quis.. "me apaixonei por outra pessoa"
e como se não fosse bastante "não quero te perder, mas, se eu tiver a chance não vou deixar de ficar com ele"

A reação foi a esperada..
Choro.. desespero.. frases engasgadas.. até que um "sai da minha frente" me fez ir para minha sala com lágrimas nos olhos assistir a primeira aula.. aula de português.
O tempo passava, os sinos soavam, os professores mudavam e minhas lágrimas não paravam de rolar.. assim como as dele, que continuava imóvel no mesmo banco.

Depois do intervalo comecei a me preocupar, falei com nossos amigos e ele não tinha aparecido pra prova de matemática que era no terceiro tempo.
Foi quando eu o vi de longe, desmoronando em lágrimas.. e a minha reação foi a mesma.
Corri pro banheiro, em busca de alivio pros meus olhos que queimavam quando uma garota magrela do 1º ano, que eu nunca tinha visto antes apareceu.. me chamando pelo nome. "O que aconteceu.. vocês brigaram? não é possível, vocês são tão perfeitos.. não fica assim".

Me assustou que uma garota que nunca vi antes nos admirasse tanto.. mas isso não chega a ter importância.
De volta pra sala após o intervalo, ainda não havia acalmado meus olhos..
e todos já comentavam a nosso respeito.. estranho como éramos conhecidos.

Foi então no ultimo horário, minha prova de matemática seria agora.. e apesar de pensar em qualquer coisa menos em polinómios eu tentava me concentrar.. quando de repente..
Da porta da sala eu escutei sua voz, pedindo licença para a professora..
E foi então que de frente a toda turma do 3º ano 10 ele,não sei com que coragem e em lágrimas declarou todo seu amor, e todo seu desespero e impossibilidade de continuar sem mim.
"Não importa, não me importa nada.. Eu te amo.. Só quero ficar contigo.. Fica comigo.. Ninguém te ama como eu."

Eu já nem podia mais respirar..
Voei da minha cadeira, larguei prova, esqueci dos 40 alunos que estavam ali e da professora..
Voei pra beijar o amor da minha vida, longa e deliciosamente..
Até sermos interrompidos pela velha professora.. "Acho que você ainda tem uma prova pra fazer né moça? e você rapaz.. perdeu a prova na sua turma né? mas vou te dar essa chance, senta lá perto da sua garota, vamos continuar a prova."

E fomos felizes pra sempre...
Durante o resto do dia.

terça-feira, 6 de abril de 2010

- Uma menina chamada Renata.

Ela tem nos olhos um brilho diferente
Um misto de inocência e malicia, em balanço perfeito.

Em sua doçura quase infantil, fala da vida e do mundo como gente grande.
No amor está anos luz à nossa frente, aos 13 anos já não possui nenhuma daquelas ilusões de principe encantado, nem se deixa enganar por frases bonitas e pré-decoradas..
Não sei dizer se é bom ou ruim, desde muito cedo desacredita da magia, e sorri dos que amam.
Mesmo que guarde dentro de si seu amor não correspondido.

Pequena criança, mais parece feita de porcelana, desenhada delicadamente em linhas finas por um desenhista cuidadoso.
Só de ver da vontade de abraçar, proteger, de voltar a ser criança..
Sorrir e dançar sem motivo.

Transforma tardes em parque em momentos inesqueciveis, cheio de risadas inevitáveis quando se pega a perseguir o Marreco do parque, como se ele fosse alguém famoso, e ela uma paparazzi.
Pequenas atitudes de criança que se confundem com sua complexidade emocional..

É o chaveirinho que todo mundo deseja guardar cuidadosamente no bolso
e sem perceber ela coloca todos nós no bolso, e como um anjinho apronta peripercias que o diabo duvidaria, e depois com toda sua fofura sorri..
negando completamente sua marginalidade de fins de semana.

E que ninguém duvide de sua inocência, criança mais pura, não existe.

domingo, 4 de abril de 2010

Barely Legal

Será estupidez minha.. ou ignorância de quem me rodeia
esconder segredos de mim é tão inutil quanto varrer calçada em tarde de ventania.

Como se o mais improvável sempre fosse o mais certo de acontecer
Nenhum mistério fica sem solução, nada fica pelo avesso.
Seja por um simples acaso, ou por deslize de coração que necessita desabafo.

Sempre fico sozinha, em momentos como esse.. revendo tudo o que passou
e eu sempre sei, mesmo que se negue eu sempre sei.

O vazio é sempre meu melhor amigo, e o acaso sempre me faz companhia
nem sempre agradável.
A ignorancia as vezes é melhor companheira do que qualquer sabedoria universal..

Algumas coisas ainda me pegam de surpresa, mas com um pouco de cinismo tudo parece natural como uma tarde de domingo no clube.

E no fim, como o esperado é sempre decepção
nunca me surpreendo.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Julho 2007

Ferias de verão.. um pesadelo em nossa pacata vida de amantes..
uma separação repentina de nosso convivio diário..
o primeiro conflito em nosso amor colegial.

- Você tem mesmo que ir amor?
- Tenho, é a vovó, não posso deixar de visita-la.

Uma semana de corpos separados, o coração apertava e a saudade assustava.
Foi a primeira vez que eu percebi o quanto o amor havia crescido.
Sem animo pra compras, sem risos, só pensava em ir pra casa, só queria eu e ele numa praça.

Os dias se passaram lentos, mas finalmente a semana passou, voltar pra casa nunca tinha me alegrado tanto.
No mesmo dia da chegada meus pés já me levaram a seu encontro, parecia que nossa separação tinha sido pra sempre.

O resto das férias passamos juntos, dividindo lençois e travesseiros, duchas e cachorros quentes..
Foi a primeira vez que senti medo.
Medo de não saber mais viver sem ele, o cheiro, o corpo, o apego.

Foi a primeira vez que pensei em me separar
Minha auto-suficiencia posta em risco
Minha vida em outras mãos
Pavor, não queria ficar.. nem queria correr.

quarta-feira, 24 de março de 2010

De uma forma repentina e sem dizer nada, você me deixou sem palavras..
Me levou, sem sair do lugar, pelos lugares mais lindos que meus olhos já viram..
Sem ao menos fechar os olhos me fez sonhar.. sonhar tão alto que senti que voava..

Sem dizer uma palavra você tirou todo meu folego..
Sem sair do lugar, tirou toda minha calma..
Sem me prometer nada, levou toda a minha esperança.

Apostei todas minhas moedas no seu poço sem fundo
E acabei caindo, e continuo caindo, e você sem dizer uma palavra..
Eu com meu melhor portugues, e meu rustico lirismo fiz promeças de carinho eterno,
juras de companhia a qualquer momento.. despi meus sentimentos..
e você sorrindo, no alto da sua eterna solidão egoista, balançou os braços e me deu adeus..
enquanto eu caia, sem palavras..
você sorria.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Domingos Sem Cigarros

Não tenho medo de dizer o que não gostaria de escutar..

O silencio guarda sempre as maiores mentiras

A monotonia das cores da tarde de domingo diminuem as batidas do meu coração

E a falta do que pensar traz a tona todos os sentimentos q eu já cansei de mastigar

Se não fosse a covardia, se não fosse a displicência talvez nos meus lábios eu carregasse um sorriso

A tarde sem brilho desse domingo recheado de descaso é testemunha da não correspondência de sentimentos que sem querer foram vomitados

O arrepio e o frio que vem chegando com a noite não trará também o cobertor de orelha, nem a barba que tanto agrada o pescoço

A noite traz apenas a sensação da certeza de jogo perdido, e apego ao que nunca existiu..

Fiasco de romance que só existiu pro tolo que acredita em poetas
.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O jeito sem graça dele rir
A forma como ele sempre dava um jeito de fazer palhaçada
A mania que ele tem de arrumar o cabelo, fazendo uma careta..
O ar triste e sério de preocupação
A forma como ele nunca conseguia fazer as coisas sem ajuda
A carinha de bobo que ele fazia e faz quando a gente se vê

As coisas que eu costumava amar, passam a ser as que agora eu mais detesto.

Detesto aquele jeito dele andar
E a forma como ele toca guitarra
Odeio como ele consegue viver sem mim
Odeio rodar e rodar e voltar pra essa mesma história
Esse mesmo velho sorriso

E a saudade daquele único abraço.
:|

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Não sei chamar de tristeza esse sentimento que não quer passar
Tem dias que as dores são mais intensas, e a beleza se esconde
E todo o passado sufoca na nossa garganta
Tem dias que olhar pra trás é inevitável, e mais inevitável ainda é visitar o passado sem mergulhar em uma dor profunda, dor do silêncio.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Jogo de Azar

Vamos tentar a sorte?
Eu jogo o dado, você corre pelado..
Vamos sorrir dos pobres?
Eu jogo a esmola, você pega de volta..

Vamos tentar a sorte, uma moeda e um cigarro.
Eu me jogo contra o muro e você chega antes da hora..
Sem pressa de mudar, corra pra trás..
Sem pressa de voltar, vá embora.










terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Verão 2007

-oi
=)

tou pensando em contar uma história
ela começa com "era uma vez"
mas não termina com "felizes para sempre"
pelo menos não ainda.

Acho que preciso contar essa história pra ela parar de viver na minha mente e começar a viver em outro lugar.. então que seja.
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Era vez uma menina chatinha, que na porta da sua casa no ano de 2007 prometeu para sua prima erguendo um copo de coca cola "esse ano vai ser o ano".

Dali uns dias as aulas começaram, e sendo assim ela começou a mata-las como boa rebelde que tentava por tudo ser.. desafiando professores com fones de ouvido na sala de aula.
Já na 3ª semana de aula já tinha sido chamada na direção 3 vezes, e já tinha chamado a atenção dos carinhas vidaloca do local.. e não perderam tempo em se reunir pra matar aula e beber vodka barata.

Grupinho de garotas e garotos legais se encontram na esquina antes da aula começar, e traçam um caminho contrário ao da escola.. todos cheios de más intenções.
O lugar escolhido é a casa mais próxima, casa do garoto do violão e moicano caído que chamou minha atenção desde o primeiro dia de aula. Sim sim.. no primeiro dia no final da aula ele estava com os amigos na calçada do supermercado, e eu me despedindo da minha prima e por alguma razão que não me lembro eu gritei pra ela que já ia longe "ok, vou guardar segredo".. e ele em tom de piada "hmmm segredo?? vou espalhaarrr".
Olhei e pensei "que idiota" depois sorri.. adoro idiotas.

Nada melhor pra conhecer as pessoas do que "verdade ou consequencia".. se não conhecer a personalidade delas pelo menos vai acabar conhecendo muito bem o corpo delas.. sempre acaba em nudismo.
Todos em seus lugares e gira-se a garrafa.
"Verdade", "verdade".. verdades são chatas.. CONSEQUENCIAS JÁ!
Os selinhos começaram, as blusas se foram, as doses de vodka vieram.. e de repente..
uma verdade interessante: "qual menina dessa sala vc tem vontade de beijar?"
resposta rápida "a firi".. "ah velho, então beija"

Foi assim que começou, o menino do moicano caido e all star descolado (descolado de velho mesmo, não de legal), foi até onde eu estava sentada no chão, e logo estávamos deitados no chão, ele por cima de mim e a galera dispersou pela casa.
Trocamos o chão pelo conforto do sofá, beijo gostoso.. cheio de desejo
Mãos afoitas, cheias de curiosidade..
"vamos pro quarto?" ele sugeriu..
"hoje não, hoje não."