domingo, 24 de janeiro de 2010

Tudo que se perde

Porque violão ainda tem teu nome
saudade ainda tem teu cheiro, e todo vazio é sua ida sem volta.

volta pra casa é lembrança, de quando o banco de praça era sua sala de espera
eu com meus olhos de desdem..
você descabelado, magrelo, triste.. abraçando o violão enquanto me via passar

foi assim por meses.. você lá todos os dias
e eu abrindo uma cratera de desdém entre nós
suas visitas se tornaram menos frequentes.
Você aprendeu a viver sem mim e eu não quis viver sem você
Te ver ali, mesmo sem te querer era certeza de que não estava só.

Você não precisa mais de mim, meus olhos de desdém te afastaram por ruas.
Você aprendeu a viver, e se esqueceu de importar com quem feria você.
Eu aprendi que seus cabelos despenteados e seu violão entre seus braços desajeitados deixaram mais saudade do que eu posso suportar.
E ainda não me acostumei a viver sem você.

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